quarta-feira, 8 de junho de 2005

A pensar no meu amor

A pensar no meu amor, que ainda não se dignou a comentar os meus poemas aqui, escrevi este poema! Como resposta a um pedido especial coloquei a data em que escrevi o poema, juntamente com o meu pseudónimo. Mais uma mania tipo Fernando Pessoa! Nesta altura eu e a Marisa namorávamos há 8 meses, quase 9!
Estava a morrer de saudades como dá para ver!!!
Espero que gostem, apesar de ser lamechas...

Distante

Não sinto o bater de meu coração,
Nesta gélida noite de Inverno!
E não é o gelo, mas sim o Inferno,
Da tua ausência sem razão,
Que prende o meu destroçado coração!

Feriste meu peito, com a tua majestade,
Tua pose altiva, de bela princesa
Que com seu gesto ergue impérios,
Com a mesma força e certeza,
Com que arrasa falsos mistérios!

Humilhas este pobre e fraco mortal,
Caído por terra diante do vosso olhar!
Suplico-vos, não me façais mal!
Impedi-me de vos desejar... de vos amar!
Peço-vos a vossa piedosa clemência,
Para me libertardes de vossa magia
Com que prendeste minha alma!

Vivo com a tua voz perdida nos meus pensamentos
Sussurrando-me melodias de uma paixão
Que inflama os meus pobres sentimentos
Sonho com a tua suave mão,
Tocando as flores, ao nascer do sol, orvalhadas
Ansiando ser apenas uma das suas pétalas!

Perdi-me... em ti! E não me quero encontrar!
Quero te amar...
Quero te sentir...
E não quero que voltes a partir!

Tiago Dinis
6/12/2003

O significado

Para quem não sabe citharoedus é uma palavra latina, cujo significado é trovador. Espero que chegua para saciar a curiosidade do Luís!

terça-feira, 7 de junho de 2005

O abandono

Este poema é bastante forte, intenso e se calhar um dos mais "negros" que eu escrevi até hoje. O que pretendo transmitir é um desalento por ser ferido e/ou desprezado por quem mantive ou mantenho laços de amizade! Este é o sentido escondido...
A mensagem principal no texto descreve o abandono e a ausência de sentimentos correspondidos, que levam a uma perda de significado na existência de uma pessoa.

Miseria

Fui derrotado pelo mal
Feroz e letal
Que destruiu minha alma
Roubando toda a paz e calma

Possuiu meu corpo
Deixando-o ferido e tropo
Como se da sepultura
Se tivesse erguido com desenvoltura


Morri para aqueles que me amavam
Sou pó para aqueles que me odiavam

Tento fugir à dor da alvorada
Que me dilacera com sua espada
Me consome sem piedade
Mergulhando-me na obscura infelicidade

Sou o Nada e o Nada em mim
Sou possuído pela dor sem fim
Que me atrofia e degenera
E Nada mais em mim impera

Sou terreno árido e estéril
Sou moribundo pestilento e febril
Vagueio no Finito
E o Infinito em mim se perde

4/10/2003